O processo de venda da Linx pela Stone começou nos últimos dias, com cerca de 20 potenciais compradores assinando acordos de confidencialidade para avaliar o ativo, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal. Os interessados vão desde players estratégicos, especialmente empresas de software, até fundos de private equity.  Segundo uma das fontes, a
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O processo de venda da Linx pela Stone começou nos últimos dias, com cerca de 20 potenciais compradores assinando acordos de confidencialidade para avaliar o ativo, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

Os interessados vão desde players estratégicos, especialmente empresas de software, até fundos de private equity. 

Segundo uma das fontes, a Totvs não está entre os interessados, diferente do que tem sido reportado na mídia — ainda que possa entrar no processo mais adiante.  

A venda está sendo assessorada pelo JP Morgan, que está conduzindo a interlocução com os players estratégicos, e pelo Morgan Stanley, que está focado nos players financeiros. 

No pitchbook enviado aos interessados, a Stone disse que a Linx deve fazer um EBITDA de mais de R$ 300 milhões este ano, em comparação aos R$ 244 milhões do ano passado. 

Segundo uma das fontes, a Stone está mirando num múltiplo base — “para o início das conversas” — de 15x EBITDA — o que daria um valuation de R$ 4,5 bilhões. 

No ano passado, a Stone chegou a receber uma proposta não-solicitada pela Linx num valuation ao redor de 12x — mas recusou o approach

Se sair a 15x EBITDA, o valor da venda ainda assim seria inferior ao pago pela Stone na compra da Linx, em 2020. Na época, a companhia pagou R$ 6 bilhões pelo ativo — 90% em cash e 10% em ações — num processo competitivo que envolveu a Totvs. 

O múltiplo também seria baixo para padrões globais, onde empresas do mesmo setor da Linx, e com menos crescimento, negociam de 20x a 30x EBITDA. “A própria Linx já chegou a negociar a 20x antes da aquisição pela Stone,” disse uma das fontes.

A expectativa da companhia é começar a receber as propostas não-vinculantes já em outubro. 

A Stone decidiu vender o ativo depois de constatar que a integração da Linx com sua operação de serviços financeiros era mais complexa do que se imaginava quando a aquisição foi feita.

Hoje, as duas empresas têm apenas uma integração de backoffice — mas na parte de atendimentos, vendas e sistemas, nada foi feito.

“São ciclos de venda e ciclos de atendimento muito diferentes,” disse uma das fontes. “E dado que a Stone ainda tem muito caminho para andar na parte de serviços financeiros, uma integração dessas ia criar uma distração desnecessária.”

A Stone também percebeu que conseguiria atingir o mesmo benefício da venda em ‘bundle’ sem ter que carregar o ativo no balanço — fazendo, por exemplo, uma parceria com uma empresa de software. 

No processo de venda, a Stone vai destacar que a Linx é a única empresa de softwares de ERP e PDV com relevância em mais de 10 segmentos no Brasil — do varejo a postos de gasolina — e presença forte também no México e Argentina.

“É uma plataforma muito poderosa para quem quiser desenvolver uma tese de consolidar empresas de software na América Latina,” disse uma fonte próxima a empresa. 

A Stone está valendo US$ 3,85 bilhões na Nasdaq. A ação chegou a dobrar entre outubro e dezembro do ano passado, mas este ano corrigiu e está em alta de 7,5% nos últimos doze meses. 

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