A Petrobras confirmou que o campo de gás offshore Sirius (anteriormente chamado de Uchuva-2), na Colômbia, possui reservas de 6 trilhões de pés cúbicos — a maior descoberta do país nos últimos 30 anos. O anúncio ocorre mais de dois anos após a descoberta de gás na chamada Bacia de Guajira, onde o campo está
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A Petrobras confirmou que o campo de gás offshore Sirius (anteriormente chamado de Uchuva-2), na Colômbia, possui reservas de 6 trilhões de pés cúbicos — a maior descoberta do país nos últimos 30 anos.

O anúncio ocorre mais de dois anos após a descoberta de gás na chamada Bacia de Guajira, onde o campo está localizado. Em agosto deste ano, a Petrobras abriu um segundo poço, que confirmou a viabilidade da perfuração.

A empresa afirma que “a viabilidade comercial da reserva demandará novos estudos”. Mas, internamente, o clima é de otimismo.

“Esse projeto pode garantir a segurança energética por décadas. Sirius possui reservas que só se comparam ao campo de Chuchupa, que fornece gás para a Colômbia há 45 anos,” disse Rogério Soares, gerente-geral de ativos exploratórios da Petrobras, durante a Cúpula de Petróleo, Gás e Energia, em Cartagena.

Nas contas de Soares, a descoberta do campo de Sirius “tem potencial para dobrar” as reservas provadas da Colômbia — atualmente em 2,3 trilhões de pés cúbicos. Isso corresponde a uma reserva de gás para os próximos 20 anos.

“Para se ter uma ideia, a reserva de gás do Brasil é de 12,3 trilhões de pés cúbicos; então, essa descoberta na Colômbia equivale a metade das reservas brasileiras,” disse Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

O poço está localizado em águas profundas — a 804 metros de profundidade — e a 31 quilômetros da costa colombiana.

A Petrobras atua como operadora do campo, mas é minoritária em um consórcio formado com a estatal colombiana Ecopetrol, com participações de 44,44% e 55,56%, respectivamente.

Para Adriano, essa descoberta tem potencial para trazer mais segurança energética para o Brasil, que importa, em média, cerca de 30% do gás consumido por aqui de países como Estados Unidos e Catar.

“Eu acredito que, pelo nível de consumo na Colômbia, o país não deve absorver todo o gás,” disse Pires. “Em tese, por estar mais perto, deveria ser mais competitivo.”

O gás de Sirius, no entanto, só deve começar a ser produzido em 2029 ou 2030, porque falta a infraestrutura de escoamento.

Mas o presidente colombiano, Gustavo Petro, tem um problema para resolver agora: a Colômbia passa por uma temporada de altas temperaturas, o que aumentou o consumo de energia e elevou o risco de apagões. Para completar, o El Niño diminuiu consideravelmente o nível das chuvas no país.

Resultado: a Colômbia precisou aumentar suas importações de gás em 2.500% entre 2022 e 2023.

Apesar do potencial, a exploração do campo de Sirius está momentaneamente paralisada por causa de uma decisão da Justiça colombiana, que afirmou que as duas empresas não consultaram uma comunidade indígena local sobre a operação.

“Essa consulta deve ser realizada de acordo com os padrões internacionais e constitucionais, garantindo a participação efetiva da comunidade do Conselho Indígena de Taganga em todas as etapas do processo”, escreveu um juiz de Santa Marta.

A Ecopetrol e o governo colombiano já recorreram da decisão.

Apesar da notícia, analistas não veem um impacto de curto prazo para as ações da Petrobras. 

No pregão de hoje, com a ajuda da alta do preço do barril de petróleo, a ação da Petrobras subiu 1,1%, enquanto o Ibovespa caiu 1,38%.

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