O McDonald’s está acusando a JBS USA, Tyson Foods, Cargill e National Beef de conspirar para elevar artificialmente os preços da carne bovina nos Estados Unidos.  Em um processo judicial relatado pelo The Washington Post, a gigante do fast food alega que pelo menos desde 2015 as empresas estariam conspirando para limitar o fornecimento de
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O McDonald’s está acusando a JBS USA, Tyson Foods, Cargill e National Beef de conspirar para elevar artificialmente os preços da carne bovina nos Estados Unidos. 

Em um processo judicial relatado pelo The Washington Post, a gigante do fast food alega que pelo menos desde 2015 as empresas estariam conspirando para limitar o fornecimento de carne, o que teria elevado os preços do alimento. 

“O objetivo da conspiração era fixar, aumentar, estabilizar e/ou manter o preço da carne bovina vendida ao [McDonald’s] e outros em níveis supracompetitivos — ou seja, preços artificialmente mais altos do que teriam sido os preços da carne bovina caso não houvesse a conspiração,” diz o processo protocolado num tribunal federal de Nova York na sexta-feira passada.

Em dezembro, as empresas Target, BJ.s Wholesale Club, Gordon Food Service e a Glazier Foods também entraram com ações antitruste contra os frigoríficos – todas representadas pelo mesmo escritório que protocolou a ação do McDonald’s.

Juntos, os quatro frigoríficos controlam 82% do  mercado de carne bovina nos Estados Unidos, e não é de hoje que são acusados de violar o Sherman Antitrust Act. 

As empresas de carne também já foram processadas por criadores de gado e consumidores, em processos que correm na Justiça americana há anos. 

O próprio Departamento de Justiça teria solicitado informações às empresas, em 2020, em uma investigação antitruste, segundo relatado pela Bloomberg naquele ano. 

No ano seguinte, cerca de 30 parlamentares também pediram que o DOJ investigasse o aumento dos preços da carne. “Ao longo dos últimos anos, o preço do boi nos Estados Unidos despencou, enquanto o preço da carne bovina embalada aumentou significativamente, elevando os preços ao consumidor nos supermercados. Ao mesmo tempo, os principais processadores de carne obtiveram lucros significativos, enquanto tanto os consumidores de carne bovina dos EUA quanto os produtores independentes de gado pagaram o preço”, escreveram os deputados, de acordo com o Post. “Essas grandes disparidades de preços estão levando os produtores independentes de gado à falência e fazendo com que os consumidores paguem um prêmio desnecessário e superinflacionado pela carne bovina.”

O Post cita que, em 2022, a JBS fez um acordo de US$ 52,5 milhões em um processo movido por compradores de carne. Mas em outro caso, movido por fazendeiros, a queixa foi rejeitada por um juiz distrital no ano passado.

Na sua queixa, o McDonald’s alega que o preço por cem libras de gado historicamente ficava entre US$ 20 e US$ 40 do preço médio por cem libras de carne bovina no atacado. Mas essa correlação começou a mudar drasticamente por volta de 2015, segundo o jornal, citando o texto do processo. 

Em 2021, a diferença já havia aumentado para US$ 156,50, e dados mais recentes do Departamento de Agricultura mostram que o spread do produtor rural para o atacado continua igual.

Segundo o McDonald’s, “no final de 2021, os dois maiores réus, Tyson Foods e JBS USA, reportaram margens ou receitas líquidas recordes no seu negócio de carne bovina.”

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